Toda forma de amor amar
No dia 23 de janeiro, Clara chega ao seu novo colégio.
- Bom, meu nome é Clara, sou novata aqui. Sei
lá, nunca fui de ter muitos amigos. Acho que os verdadeiros amigos são poucos.
Uma menina senta ao meu lado e diz:
- Olá,
qual é seu nome?
- Clara,
e o seu?
- Bia,
tudo bom?
- Estou
bem sim.
- Quantos
anos você tem?
- 14 e
você?
-15 anos,
de que escola você veio?
- Nova
Era.
- Quase
ninguém gosta de mim aqui.
- Por
quê?
- Porque
achei que podia dar um voto de confiança pra pessoas, mas elas saíram
espalhando os meus segredos.
(Junta
uma turma de garotos ao redor das meninas e começam a xingá-las)
- Vai,
sapatona!
Clara fica espantada com a atitude dos colegas.
- Nossa
você é lésbica?
- Sou sim,
por quê?
Risos
- Bom, o
papo está bom, mas eu tenho que ir.
- Ok.
Ao
final das aulas, Clara vai para casa. Os pais não estavam, pois tiveram que ir
ao mercado, porém, haviam deixado um amigo da família que se dizia de confiança
para cuidar dela. Ele tinha 20 anos e é um nojento escroto.
- Me
deixa passar a mão em você?
-Não.
Enquanto
isso, ele manipulava-a com coisas que ela gostava.
- Bom, se
você não fizer o que eu quero, vou matar sua mãe na frente do seu pai.
Clara
cospe na cara dele. Ele limpa o rosto, abusa dela à força e surra-a. Ele deixa
avisado:
- Se você
contar! Eu mato a sua mãe.
Ele vira
as costas e vai embora.
Os pais
dela chegam e perguntam:
- O que
foi isso no seu rosto?
- Eu cai.
- Caiu
como?
-
Escorreguei e bati o rosto na maçaneta
- Tome
mais cuidado da próxima vez.
- Vou
dormir.
Ela se tranca no quarto e chora. No dia seguinte a amiga dela pergunta:
- O que
foi isso no seu rosto?
- No
lugar mais reservado eu te conto.
- O amigo
da minha mãe tentou abusar de mim e viu que não conseguiria, então ameaçou
minha mãe de morte se eu contasse.
- Nossa,
amiga! Isso é grave.
- Sim,
mas não conta pra ninguém.
Os
dias se passaram Clara ficou traumatizada não conseguindo se relacionar
com ninguém. Começou a perceber que as pessoas homossexuais não nascem gays.
Isso se percebe no comportamento de quando é criança, por exemplo, nunca gostou
de bonecas, rosa, e etc. Sempre de carrinho, pega-pega. Seus sentimentos foram
amadurecendo e começou a perceber que era diferente das outras meninas. A sociedade
acha que o gay em geral é um doente, ou um distúrbio psicológico, dizendo que
existe cura para isso, mas isso é um absurdo. Clara acredito que as pessoas têm
uma livre expressão para achar fazer o que quiserem, como bem entenderem.
Passaram-se os dias. Bia estava chorando no banheiro.
- O que
foi?
- Eles
não deixam minha vida em paz. Odeio-os
-
Simplesmente acho que preconceito, é tolice.
- Hei,
nina para de chorar. Você vale mais do que simples palavras.
Elas se abraçam.
- Cadê o
amigo da sua mãe?
- Ah! Ele
nunca mais apareceu por lá
- Mas
você acha que deve contar agora?
- Acho
que não. E se ele voltar? Tem coisas que a gente tem que relevar.
- Na
verdade acho que meu pensamento quanto a isso mudou. Não que eu tenha um preconceito,
mas percebi que nossa vida é muito frágil para perder.
No dia
seguinte não parava de pensar nela. Toda boba teve a ideia:
- Vou
pedi-la em namoro. Não. Deixa quieto, né?
Quando
ela chega e diz:
- Quer
namorar comigo?
- Quero.
- Hoje não tem a ultima aula vamos marcar de
sair?
- Sim,
vamos.
Indo para escola um grupo de Skinhead passa do lado dela e dizem:
- Essas
porras são lésbicas.
Eles
batem nelas. Um rapaz da rua leva-as para o hospital. No dia seguinte, foi para
casa toda machucada. A mãe pergunta:
- O que
aconteceu?
- Eles
pensaram que eu e minha amiga somos lésbicas. Eles são Skinhead.
- Filhos
da puta!
O pai
chega e diz:
- Minha
filha, o que aconteceu?
- Um
grupo de Skinhead me agrediu por achar que eu e minha amiga somos lésbicas
O pai
olha bravo e diz:
- Tu não és,
né?
Ela fala
baixinho:
- Não
Ela entra
no quarto e liga para Bia.
- Como
você está?
- Depois
da surra, estou bem.
- Você é
assumida?
- Sou,
sim.
- E seus
pais aceitaram numa boa?
- Olha,
acho que nem uma mãe gosta, né? Eles querem ver nós tendo filho. A verdade é
essa
- Hum. Por
quê?
- É porque meu pai tem esses negócio de
homofobia e não vou esconder isso por muito tempo
- É
complicado, nem todos os pais são iguais.
Depois de
uns dias, ela chega em casa com a amiga:
- Mãe,
essa aqui é minha namorada.
Na hora o
pai altera a voz:
- Você
está louca? Eu não ensinei isso pra você. Agora você vai aprender a virar
mulher de verdade.
O pai
joga-a no chão, tira o cinto e surra-a.
- Você
vai embora da minha casa.
A mãe
tenta impedir e não consegue.
- Cala a
sua boca! Não criamos bicho dentro de casa, ela tem que ir embora.
Seu pai
joga suas roupas pela janela e fala:
- Eu
criei mulher, não sapatão.
Ela
desesperada liga para Bia com voz de choro:
- Meu
pai, me jogou pra fora de casa.
- Nossa! Você
quer vim morar comigo?
- Quero
não.
- Por
quê?
- Não
quero te incomodar.
- Mas não
vai porque eu te amo.
- Também
te amo.
Elas
moram juntas um tempo e conquistam sua casa. Quando uma diz:
- Quer
casar comigo?
- Quero.
Um dia a
mãe liga pra ela e diz:
- Filha, preciso
falar com você. Mamãe te ama.
O pai
dela aparece e diz:
- Você
está falando com aquela monstra?
De fundo
só se ouve chutes e tapas.
Clara
começa a gritar:
- Que
foi?
O pai
bateu na mãe. Elas acionam a policia.
O pai
dela foi preso dizendo:
- Matei
mesmo.
Tempos
depois elas se casam. Na faculdade elas veem um monte de roqueiros, negros, sharps
e gays.
Como dizia
Bob Marley: Enquanto os brilhos dos olhos valer mais que a cor da pele sempre
haverá guerra.
eu achei a historia chata
ResponderExcluireducativa demais